Afinal, como saber se tenho pedra nos rins? Muitas vezes acabamos confundindo uma cólica menstrual com a cólica renal. Isso porque ambas são muito parecidas e dolorosas.

No entanto, é preciso entender exatamente quais são as particularidades dos sintomas decorrentes da pedra nos rins. Dessa forma, é possível agendar a consulta com o médico adequado, bem como, adotar medidas que ajudam a evitar a condição.

Para ajudar você com essa tarefa, elaboramos esse conteúdo exclusivo com tudo o que você precisa saber sobre pedra nos rins. Prossiga com a leitura e entenda de vez o que é, como diagnosticar e quais são os tratamentos para cálculo renal! Vamos lá?

O que é pedra nos rins?

Pedras nos rins são pequenos cristais de consistência sólida que se formam dentro dos rins quando sais e minerais se acumulam.

Os cristais podem crescer e se juntar, formando pedras. Essas pedrinhas podem variar de formato e tamanho mas, geralmente, possuem coloração marrom e pontas ao redor.

Por que as pedras nos rins são tão preocupantes?

As pedras nos rins são preocupantes pois, além de dolorosas, podem provocar infecções, lesões e até mesmo dano renal.

Ao se movimentar em direção à bexiga, as pedras passam por pequenos canais dentro dos rins. Durante esse percurso, os cristais podem bloquear o fluxo de urina, ocasionando infecção e/ou incontinência urinária.

Se a pedra no rim não for tratada adequadamente, ela pode levar a infecções generalizadas e, no pior cenário, resultar em dano renal permanente.

O que causa pedras nos rins?

As pedras nos rins são causadas devido às altas taxas de concentração de minerais e sais no sangue. Isso pode ocorrer por diversos motivos, como:

• desidratação, ou seja, quando a pessoa não tem o hábito de ingerir a quantidade de água suficiente;
• uso contínuo de determinados medicamentos, como o topiramato;
• distúrbios metabólicos, como o distúrbio de transporte de sódio e o distúrbio da absorção intestinal de cálcio;
• doenças metabólicas, como gota e doença de Wilson;
• alterações anatômicas, como estreitamento dos ureteres;
• infecções urinárias frequentes;
• doenças genéticas, como a Síndrome de Alport e a nefrocalcinose;
• predisposição genética.

Como é a dor de pedra nos rins?

A dor de pedras nos rins é tão grande que a condição ganhou a 11ª posição das piores dores do mundo.

Segundo uma pesquisa feita no Reino Unido, a dor das pedras nos rins é pior que a dor de ossos quebrados, úlcera e endometriose.

No entanto, vale destacar que existem casos em que a pedra nos rins passa despercebida e provoca dores leves.

Em geral, a intensidade da dor da pedra nos rins varia de acordo com a localização, tamanho e formato da pedra.

Normalmente, a dor aguda aparece durante uma crise cólica renal. Isso acontece quando o cálculo renal (a pedra) bloqueia a saída dos rins.

A sensação é de que há algo cortando, queimando ou apertando a região. A dor costuma se intensificar quando a pedra se move e pode irradiar para outras partes do corpo, como costas, virilha, abdômen e genitais.

Quais os sintomas de pedras nos rins?

Os sintomas da pedra nos rins variam e podem aparecer combinados ou de forma individualizada. Confira a seguir quais são os mais comuns:

• cólica no abdome e dor nas costas ou virilha – esses sintomas costumam aparecer quando a pedra é muito grande, fica presa nos rins ou quando se move em direção à bexiga ou uretra. Muitas pessoas afirmam que as dores desses sintomas são semelhantes às dores do parto;
• náuseas e vômitos – náuseas e vômitos também são muitos comuns. Isso porque, durante uma crise renal, o nervo esplênico, que reveste o rins e estômago, é estimulado;
• sangue na urina – as pedras nos rins costumam ter formatos pontiagudos, o que lesiona a uretra na medida em que o cálculo se move pelo canal. É por isso que muitas pessoas acabam presenciando sangue na urina;
• vontade de urinar o tempo todo – conforme a pedra se aproxima da junção vesicoureteral, ou seja, da parte que une o ureter com a bexiga, é possível que a pessoa sinta urgência em urinar;
• diminuição da quantidade de urina – também pode ocorrer da pedra estacionar em alguma parte do trato urinário, reduzindo a capacidade de urinar ou a quantidade de urina liberada;
• urina turva ou com mau cheiro – a pedra no rim pode alterar a coloração da urina, torná-la turva, concentrada ou com mau cheiro. Geralmente, isso acontece devido à infecção urinária ou infecção renal.
• dor para urinar – a dor para urinar ocorre por conta do bloqueio da passagem de urina ou devido à movimentação da pedra na uretra.

Desconfio que tenho pedras nos rins. O que devo fazer?

Após entender o que é pedras nos rins, quais são as causas e os sintomas mais comuns, desconfia que está com cálculo renal?

Nesse caso, se estiver sentindo muita dor, orientamos que se desloque imediatamente para uma unidade de pronto atendimento hospitalar.

Do contrário, a melhor forma de saber se tem pedra nos rins é agendar uma consulta com o urologista. É essa a especialização médica responsável pelo tratamento e diagnóstico de doenças do trato urinário, o que inclui os rins, uretra e bexiga.

Durante a avaliação, normalmente, o urologista faz uma série de perguntas a fim de analisar eventuais sintomas, históricos de doenças e hábitos que costumam levar à formação do cálculo renal.

Além da abordagem clínica, é provável que o médico solicite uma série de exames a fim de descobrir se, de fato, você possui pedras nos rins. 

Uma vez que tenha o diagnóstico e que a pedra seja detectada, o médico determinará qual é o melhor tipo de tratamento para pedras nos rins a ser seguido.

Mas, antes de falar sobre os tratamentos disponíveis, confira quais são os exames que você provavelmente deverá fazer.

Exame de sangue

A partir da avaliação dos níveis de ácido úrico, cálcio, uréia e creatinina, é possível avaliar se os rins estão funcionando adequadamente. 

Caso esses níveis estejam alterados, o médico investigará o que está provocando esse quadro. Esse é o primeiro passo para saber se o paciente está com pedra nos rins.

Teste de urina

O exame de urina permite avaliar se o corpo está eliminando as substâncias que favorecem a formação do cálculo renal. Além disso, é possível detectar infecções e a presença de resquícios de pedras.

Ultrassom dos rins

O ultrassom é um dos principais exames para detectar pedras nos rins. Ele usa ondas sonoras para criar imagens do trato urinário. 

Durante o procedimento, o médico examina os rins, a bexiga e outros órgãos para procurar pedras. 

Se uma pedra for encontrada, o médico pode determinar seu tamanho, localização e tipo para definir o melhor tratamento.

Tomografia computadorizada

A tomografia computadorizada é um exame de imagem usado para detectar áreas de densidade anormal em vários órgãos, incluindo os rins. 

O exame usa ondas de luz para criar imagens detalhadas de determinada parte do corpo. Ao examinar os rins, a tomografia computadorizada é capaz de detectar os cálculos renais, mesmo aqueles com tamanhos minúsculos.

Além disso, o exame é usado para avaliar o tamanho e a localização das pedras nos rins, bem como, avaliar as condições da bexiga e dos ureteres.

Quais são os tratamentos para pedras nos rins?

Há diversos tipos de tratamentos para pedras nos rins. Após detectar o cálculo e avaliar o quadro geral, é o médico quem vai determinar qual o melhor caminho para resolver o problema e/ou amenizar as dores e sintomas. 

Os tratamentos para pedras nos rins podem incluir a administração medicamentosa e até mesmo cirurgias. A seguir, conheça quais são as principais abordagens:

• medicamentos – analgésicos e anti-inflamatórios podem ajudar a aliviar os sintomas e controlar as dores;
• litotripsia – é uma técnica que consiste no bombardeamento das pedras por meio de ondas eletromagnéticas. Esses choques promovem a fragmentação do cálculo e possibilita a eliminação natural por meio da urina;
• cirurgias – independente da técnica escolhida (percutânea ou endoscópica) o objetivo é retirar as pedras. Porém, a recomendação da intervenção cirúrgica varia de acordo com o estado de saúde do paciente, localização e tamanho da pedra.

Como evitar a formação do cálculo renal?

Afinal, é possível evitar o surgimento da pedra nos rins? Não existem maneiras 100% eficazes de evitar a formação do cálculo renal. Inclusive, há muitos casos em que a pessoa possui uma predisposição genética para esse tipo de problema.

No entanto, é possível seguir recomendações e adotar hábitos que podem ajudar a diminuir as chances de desenvolver cálculo renal, como:

• beber água regularmente todos os dias – O aplicativo Drink Water Tracker Reminder  pode ajudar a controlar o nível diário de hidratação ideal;
• controlar a ingestão de alimentos ricos em proteínas e cálcio – o nutricionista pode ajudar com essa tarefa;
• seguir uma dieta rica em fibras – frutas, legumes e grãos integrais, ajudam a reduzir a absorção de sais e aumentam a quantidade de água na urina, o que ajuda a evitar a formação de pedras;
• evitar bebidas industrializadas e adoçadas artificialmente – refrigerantes e bebidas energéticas, por exemplo, aumentam o risco de formação de cálculos renais. Portanto, é importante minimizar ou evitar o consumo desses itens.

Agora que você descobriu a resposta para a dúvida: “como saber se tenho pedras nos rins”, caso se identifique com os sintomas mencionados, procure um médico!

Isso porque, se não tratada, a pedra nos rins pode evoluir para uma infecção grave e até mesmo para a perda do funcionamento renal.

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