Você já teve a sensação que não conseguiria ser feliz sem ter aquela pessoa ao seu lado? Cuidado, esse pode ser um sinal de que seu amor está se transformando em uma dependência emocional!

Assim como tudo na vida, o excesso nunca é saudável, especialmente quando nos referimos a sentimentos como submissão, dependência, ciúmes e medo.

Em uma relação, esses sentimentos podem provocar sérios problemas para ambas as partes, sobretudo para o dependente após o fim do relacionamento. Continue lendo para saber mais!

O que é dependência emocional?

A dependência emocional é um quadro em que uma pessoa projeta no outro a fonte da própria felicidade, desenvolvendo um relacionamento não saudável, repleto de cobranças, ciúmes e obrigações.

Ainda que seja mais comum em relacionamentos amorosos, essa codependência também pode acontecer entre familiares e amigos. 

Além dos ciúmes e possessividade, outro sentimento bastante comum nesses tipos de relações é o medo, tanto de perder a pessoa com quem está se relacionando ou de sofrer rejeições.

Quais são os sintomas da dependência emocional?

A dependência emocional pode ser identificada tanto pelas pessoas envolvidas na relação, como também por quem está de fora, através de sintomas como:

• Medo da solidão;
• Vazio emocional;
• Ciúmes excessivo;
• Sentimento de insatisfação;
• Submissão ao outro;
• Cuidado excessivo;
• Abstinência na ausência do outro;
• Baixa autoestima;
• Focar a felicidade apenas no outro;
• Dificuldades de tomar decisões importantes;
• Falta de amor próprio;
• Sempre abdicar das próprias vontades em favor do outro.

Inclusive, você deve ficar atento a esses sinais, seja em si ou em seu parceiro, para buscar formas de melhorar a dependência emocional no relacionamento e conseguir manter uma convivência saudável e construtiva.

O que pode causar dependência emocional?

Uma pessoa pode desenvolver dependência emocional no relacionamento por diferentes fatores, sobretudo em relação a traumas e outras experiências passadas, que são refletidas de forma negativa na relação.

Conheça abaixo as causas mais comuns!

Excesso ou falta de zelo

A exposição ao cuidado ou afeto excessivos durante a infância e adolescência pode desencadear, no futuro, a dependência emocional no relacionamento amoroso que a pessoa desenvolva.

Isso acontece, porque a pessoa cresce acostumada a ter alguém para tomar as decisões e garantir seu conforto, segurança e bem-estar, ao invés de ser preparado para isso. Assim, ao se ver em um relacionamento, projeta esse papel no parceiro.

A falta de zelo também pode ser uma causa para esse problema, pois as crianças que crescem em ambientes conflituosos ou com pouca atenção dos pais podem buscar na vida adulta alguém que assuma essas responsabilidades e preencher o vazio.

Abandono na infância

O abandono físico ou emocional durante a infância pode causar um vazio emocional, desencadeando mais tarde uma busca incansável por alguém que consiga preenchê-lo. 

Além disso, a pessoa pode ter ainda mais medo de ficar sozinha ou de ser novamente abandonada, criando um ciúmes excessivo em relação ao outro.

Insegurança e baixa autoestima

As principais características (e sintomas) entre as pessoas que apresentam dependência emocional são a insegurança e baixa autoestima.

Afinal, elas acreditam que não conseguirão encontrar outra pessoa caso o foco da sua dependência as deixem, ou até mesmo que não sejam “interessantes o suficiente” para mantê-las por perto, causando o medo constante de serem abandonadas.

A falta de segurança e confiança também tornam essas pessoas mais propícias a aceitarem comportamentos negativos do parceiro e vivenciarem relações abusivas. 

Dependência emocional tem cura? 4 dicas para te ajudar!

Assim como outros problemas que afetam a saúde mental e emocional, a dependência emocional tem cura! Veja abaixo algumas dicas que vão te ajudar nesse processo de conquistar relacionamentos mais saudáveis.

1. Reconheça sua dependência emocional

O primeiro passo para lidar com qualquer problema é reconhecer sua existência. E esse processo também deve ser realizado por quem está em busca da cura da dependência emocional.

Então, retorne aos sintomas apresentados anteriormente e busque identificar em suas próprias ações e comportamento esses sinais. Caso se sinta confortável, pergunte também a opinião de alguém que confia. 

2. Fortaleça sua autoestima e autonomia

Lembra que uma das causas da dependência emocional é a baixa autoestima e insegurança? Por isso, para lidar com esse problema você deve começar a trabalhar esses fatores.

Nesse caso, recomendamos estratégias como:

• Aceite suas próprias imperfeições;
• Celebre suas conquistas;
• Tome pequenas decisões sozinho;
• Desenvolva uma nova habilidade, como um esporte;
• Tenha mais bondade e paciência consigo.

Aos poucos, você se sentirá mais seguro para tomar suas próprias decisões, retirando (ainda que gradualmente) essa função das mãos do seu parceiro.

3. Aprenda a lidar com suas emoções

Outra dica que pode te ajudar a lidar com essa codependência é aprender a lidar com os próprios sentimentos, sobretudo o ciúme e medo, bastante comuns nesses tipos de relações.

Então, quando um pensamento ou emoção negativa surgir, comece a confrontá-los, buscando evidências para existirem — acredite, na maioria das vezes não existe.

Assim, da próxima vez que seu companheiro ficar sem responder, será mais fácil ficar tranquilo acreditando que ele está no trabalho, do que ansioso por achar que a pessoa está te traindo.

4. Faça terapia

Além de seguir as dicas apresentadas acima, procure também ajuda profissional para lidar com esse problema!

Afinal, como a dependência emocional é causada, na maioria das vezes, por experiências negativas vividas no passado, com a terapia você vai conseguir lidar com esses traumas e superá-los — tendo uma vida mais saudável.

Portanto, faça terapia e recomende também para que seu parceiro ou outras pessoas com o mesmo problema busque ajuda.

A dependência emocional tem cura e deve ser tratada para você conseguir ter uma relação saudável! Agora, aproveite também para saber o que é agorafobia!