O que é agorafobia? Conheça os sintomas e como tratar!
Esse transtorno engloba diferentes medos e dificulta o convívio social e profissional das pessoas.
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22 de junho de 2023
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O que você vai ler neste artigo:
Você sabe o que é agorafobia?
Esse transtorno, que acomete cerca de 150 mil brasileiros, causa inúmeros impactos negativos no desenvolvimento social, profissional e pessoal das pessoas.
Afinal, os pacientes com essa doença têm dificuldade em frequentar determinados lugares, estarem sozinhos ou, em situações mais graves, nem conseguem sair de casa.
Se você apresenta um desses medos, continue conosco! Descubra o que é agorafobia, seus sintomas e principais tratamentos.
O que é agorafobia?
Para entender o que é agorafobia é preciso compreender que esse é um dos transtornos de ansiedade, caracterizado pelo medo exagerado de lugares públicos e normalmente acompanhado de crises de síndrome do pânico.
Esse medo pode ser causado por inúmeros cenários, desde o temor de não conseguir sair do lugar se algo ruim acontecer ou até devido a uma experiência ruim, causando uma associação negativa.
Como resultado, pessoas com agorafobia tendem a evitar sair de casa, prejudicando seu desenvolvimento social, profissional e até mesmo a autoestima e autoconfiança.
Quem sofre de agorafobia tem medo de quê?
Além de saber o que significa agorafobia, para entender melhor esse transtorno psicológico é necessário conhecer os medos relacionados a ele.
Os principais são:
Estar em espaços abertos;
Estar em espaços fechados;
Sair de casa sozinho;
Utilizar transportes públicos;
Ficar em locais públicos;
Estar em filas de espera;
Estar em locais de difícil saída ou fuga;
Estar em espaços com muitas pessoas.
Ah! Para uma pessoa ser diagnosticada com agorafobia não é necessário manifestar todos os medos acima, apenas ter reações negativas em relação a, no mínimo, dois.
Sintomas de agorafobia
Além da ansiedade e apreensão em estar em locais considerados negativos ou onde estão sujeitos a perigos (ainda que não haja sinais de insegurança), outros sintomas de agorafobia são:
Não existe uma causa conhecida da agorafobia, mas os especialistas acreditam que o transtorno pode ser desencadeado por experiências negativas, sobretudo na infância, como:
Perda de familiar ou pessoa próxima;
Separação dos pais;
Mudança de cidade ou escola;
Bullying;
Pais superprotetores;
Pouco afeto;
Acidentes;
Fim de relacionamentos;
Abuso de substâncias;
Violência física ou psicológica;
Ambiente de trabalho estressante.
Além disso, acredita-se que a agorafobia também pode ser causada por fatores genéticos ou características de personalidade, bem como a existência de outros transtornos, como a ansiedade.
Quais são os gatilhos para as crises?
As crises de ansiedade relacionadas a agorafobia normalmente acontecem quando a pessoa com o transtorno é exposta a uma situação de medo extremo.
Por exemplo, estar em locais muito cheios, promovendo a sensação de difícil escape em situações de perigo, enquanto outras pessoas podem ter essas crises se ficarem sozinhas em casa.
Então, o diagnóstico da agorafobia é fundamental, pois vai ajudar o paciente não apenas no tratamento do transtorno, como também a compreender seus gatilhos.
Assim, pelo menos enquanto não se recuperar, poderá evitar essas situações e novas crises.
Fatores de risco
Ainda que não exista uma causa exata para o surgimento da agorafobia, algumas pessoas estão mais suscetíveis a desenvolver esse transtorno que outras.
Os grupos de risco são:
Reações de medo irracional e excessivo;
Comportamento ansioso, nervoso ou inquieto;
Abuso de substâncias, como álcool e remédios;
Eventos traumáticos ou infância violenta;
Histórico da doença na família;
Maior sensibilidade à ansiedade;
Existência de outros transtornos, como fobias, ansiedade e síndrome do pânico.
Diagnóstico da agorafobia
O diagnóstico da agorafobia é feito por um psicólogo ou psiquiatra, que analisa fatores como:
Sintomas e sinais indicados;
Histórico médico psicológico;
Fatores de risco.
Em alguns casos, o profissional também pode recomendar alguns exames físicos, que ajudam a descartar a existência de outras doenças, caso existam sintomas semelhantes.
Tratamento da agorafobia
O principal tratamento da agorafobia é o acompanhamento psicológico, através do qual o paciente vai conseguir compreender os motivos que desencadearam o transtorno e lidar com eles.
Assim, aqueles gatilhos não serão mais capazes de provocar os ataques de ansiedade e pânico.
Contudo, alcançar esse resultado leva tempo e, enquanto o paciente não conseguir evitar as crises, ele deverá aprender como lidar com os sintomas de agorafobia.
Durante o tratamento, a pessoa também deverá estar acompanhada de um psiquiatra ou outro médico especialista, que poderá passar alguns remédios que ajudem a controlar os sintomas do transtorno.
3 dicas de como conviver com a agorafobia
Ainda que não seja uma tarefa fácil lidar com os sintomas de agorafobia, muitas pessoas com o transtorno conseguem ter uma rotina produtiva, mesmo com algumas limitações.
Para te ajudar nisso, separamos algumas dicas que podem facilitar seu dia a dia:
1. Pratique técnicas de relaxamento
A meditação, ioga, exercícios de respiração e outras técnicas de relaxamento são excelentes para pessoas com transtornos de ansiedade, pânico, estresse e agorafobia.
Afinal, essas técnicas ajudam a manter o equilíbrio emocional, sobretudo durante situações que podem desencadear crises.
Contudo, para surgir efeito, esses métodos devem ser realizados com frequência — de preferência, diariamente.
Além disso, você também deve colocá-los em prática em caso de exposição aos gatilhos, por exemplo, durante uma fila em um supermercado ou no transporte público.
2. Faça exercícios físicos
A prática de exercícios físicos promove não apenas benefícios para a saúde do seu corpo, como também ajuda a diminuir os sintomas da ansiedade e do estresse.
Então, inclua em sua rotina pelo menos 10 minutos diários de atividades físicas, principalmente as aeróbias, e consiga ter mais controle dos sintomas de agorafobia.
3. Tenha uma motivação
O processo de tratamento da agorafobia (e de outros transtornos) nem sempre é fácil e exige do paciente uma grande motivação. Caso contrário, é provável que ele desista.
Para evitar isso, tenha em mente os motivos pelos quais você deseja conseguir superar esse transtorno e retornar a sua vida normal.
E quando o processo ficar complicado, relembre todos esses motivos!